Colômbia
O principal produto colombiano de exortação é o café, perdendo apenas para o Brasil, que é o primeiro produtor do mundo. Outro produto importante de exportação é o petróleo, responsável por um processo recente de expansão e colonização na Amazônia colombiana. Uma grande parte da economia deste país depende de uma atividade ilegal: a produção de drogas – em especial a cocaína - , que são vendidas para países muito distantes. Até o começo da década de 1980, o processamento da cocaína no país era feito com a pasta trazida do Peru e da Bolívia, onde o cultivo dessa droga era socialmente aceito e fazia parte das tradições das comunidades indígenas. Nos últimos 25 anos, observou-se uma enorme expansão do plantio da coca na Colômbia, cultivada por camponeses em vastas áreas de Medellín e Cali – tornaram a Colômbia um importante produtor mundial de cocaína, que é processada em laboratórios localizados no próprio país ou em países vizinhos como o Brasil.
Como essa atividade é ilegal, , não se paga impostos e todo o dinheiro em circulação vai para as mãos dos grupos poderosos, que agem no mundo inteiro. Infelizmente, o Brasil encontra-se na rota do tráfico. Aeroportos escondidos na mata da Floresta Amazônica recebem a mercadoria pronta para consumo e, dali, as drogas são vendidas para outros países, como os Estados Unidos ou então, consumidas nos grandes centros urbanos brasileiros.
Bolívia
A produção de drogas também é o drama da Bolívia, onde o cultivo da coca continua sendo essencial para a economia, apesar da campanha intensiva do governo, com apoio internacional, para erradicação da droga. Entre outras medidas, tem-se buscado recuperar o número de empregos da Camibol ( empresa pública de mineração), visando recuperar a principal atividade econômica boliviana: a indústria extrativa. A Bolívia é um dos principais produtores mundiais de estanho, além de exportadora de zinco (Zn) e prata (Ag). Possui ainda, uma promissora produção de gás natural, em parte escoada por gasodutos para o Brasil, Chile e Argentina.
Atualmente, o Governo do Presidente Evo Moralles tem posto obstáculos a exportação do gás natural, o que vem gerando conflitos com os países que utilizam esse recurso como é o caso do Brasil. O governo tomou medidas políticas que nacionalizou as empresas extratoras do bem e, dentre elas, tomou bases da Petrobrás (Petróleo Brasileiro), que estavam estabelecidas naquele país. O impasse parece estar longe de se resolver, porém, os países limítrofes à Bolívia, assim como seus governos, buscam medidas conciliadoras.
Peru
As bacias petrolíferas do Peru também se localizam na Floresta Amazônica, porém, como a exportação do petróleo é recente, o produto não figura entre os principais itens de exportação do país.
O Peru está entre os cinco principais produtores mundiais de estanho (Sn) e chumbo (Pb) do mundo. Também exporta pescado e café. Ultimamente o país vem estreitando seus laços com a Ásia, tendo recebido investimentos do Japão e da China. O quadro social do Peru é dramática. De cada três peruanos, dois vivem abaixo da linha da pobreza absoluta. Mais de 70% da população economicamente ativa vive de atividades informais, sem garantias de quaisquer direitos trabalhistas, como assistência médica, férias e jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Equador
O Equador é o primeiro produtor mundial de banana e o quarto produtor de camarão. A atividade agrícola emprega 35% da população economicamente ativa. Como o preço dos produtos agrícolas e do pescado flutua muito com o mercado internacional, a economia do país é bastante vulnerável. A exploração de petróleo na Bacia Amazônica tem sido o principal responsável pela modernização da economia equatoriana. Atualmente, já representa mais de 40% dos recursos públicos e está impulsionando o desenvolvimento da indústria petroquímica no país.
Isso preocupa os países vizinhos, uma vez que a expansão da atividade petrolífera tem envolvido o aumento do desmatamento da Floresta Amazônica. Desde a década de 1990, o Equador derrubou mais de 10% das florestas existentes em seu território.
Chile
Viveu sob regime ditatorial de 1973-1990, sob o controle do General Augusto Pinochet. Esse ditador destituiu o governo, prendeu milhares de pessoas e expulsou do país muitas outras. Além disso, patrocinou atentados terroristas na Europa e nos Estados Unidos, para eliminar autoridades do governo que haviam fugido do país após o golpe militar. Teve início o processo de privatização das atividades do Estado, com exceção do Cobre (Cu). Abriu as portas para o mercado mundial, fez com que os produtos importados entrassem em concorrência com os nacionais, levando à falência, muitas empresas, aumentando assim o desemprego no país.
Nos anos de 1990, o país iniciou um processo de grande crescimento econômico, tornando-se grande exportador de frutas ( pêras, maçãs, pêssegos, nectarinas, uvas e melões), de papel e celulose e, de pescados. O Cobre (Cu) representava quase 80% da pauta de exportações desse país na década de 1970, atualmente não passa de 35%.
Atualmente, o Chile é o primeiro país da América a ter elegido uma mulher como presidente: Michelle Bachelet.
O maior problema econômico do governo Bachelet é até o momento o tema energético e o aumento constante dos preços de petróleo. A oposição e parte da opinião pública protestou energicamente contra a manutenção do imposto específico aos combustíveis, que aumenta em 30% o preço do óleo. Mesmo diante da pressão, o governo não aceitou as pressões. Com a alta nas despesas de transporte, a inflação acumulada do país no ano subiu acima das expectativas, o que pode ocasionar em aumento das taxas de juro locais, além da revisão das previsões de crescimento para baixo do país por duas vezes em 2006.
Venezuela
A Venezuela possui uma parte de seus territórios nos Andes e outra na Amazônia, além de contar com uma grande faixa costeira, voltada para o Mar das Antilhas, área bastante produtiva ara a atividade pesqueira. As reservas de petróleo da Venezuela, concentradas no centro-norte costeiro do país, atraíram mais de 20 companhias petrolíferas de todo o mundo. Essas empresas atuaram livremente até 1946, quando o governo venezuelano criou um imposto que as obrigava a deixar no país parte do dinheiro obtido pela extração do petróleo. Anos mais tarde, em 1960, foi criada a Companhia Venezuelana de Petróleo, que, inspirada na Petrobrás, tinha a missão de explorar petróleo naquele país. Ela se transformou numa das maiores companhias petrolíferas do mundo. Junto com o petróleo vieram as indústrias químicas, localizadas, principalmente, em torno de Mérida e Maracaibo, principais pólos de desenvolvimento industrial da Venezuela. O crescimento econômico que ocorreu na Venezuela desde a época de 1950, impulsionado pela exploração de petróleo, não foi acompanhado pelo desenvolvimento social. Muito pelo contrário, as elites políticas que deram sustentação ao governo durante os últimos 40 anos distanciaram-se cada vez mais das necessidades da população, agravando o empobrecimento e o aumento da desigualdade social no país.
Num primeiro momento notou-se um desinteresse crescente da população pela política na Venezuela. Em fevereiro de 1992 houve duas tentativas de golpe militar, seguidos da saída de Carlos Andréz Pérez do cargo de presidente, em meio a inúmeras acusações de corrupção. A tendência a uma aliança de partidos políticos que se mantinha no poder desde a década de 1950, demonstrou força com a eleição de Hugo Chávez em 1998.
Desde 1999, a Venezuela vive um processo político intenso, que está envolvendo um número crescente dos segmentos da sociedade. Muitos deles nunca tiveram oportunidade de participar do processo de decisão. Do ponto de vista territorial, o programa de governo de Hugo Chávez procurou promover eixos de desenvolvimento para além do centro norte costeiro, área mais dinâmica do país, onde ocorreram os maiores investimentos de infra-estrutura. Para isso, o país passou por uma descentralização administrativa, transferindo para os governos locais a responsabilidade de desenvolver as políticas sociais, como de educação e saúde.
Argentina
A Argentina é o segundo maior país da América do Sul em dimensão territorial, ficando atrás apenas do Brasil, sua população distribui-se de maneira bastante irregular: Buenos Aires, a principal cidade do país, concentra cerca de 2 milhões e 770 mil habitantes, de um total de 37 milhões no país.
A produção agropecuária é fundamental para a economia do país. A carne de qualidade reconhecida no exterior, constitui um item importante na pauta de exportação do país. O Pampa, principal região agrícola, abriga grande e modernas propriedades agropecuárias, baseadas no uso de máquinas e insumos agrícolas (fertilizantes, agrotóxicos). A Argentina possui uma base industrial que se distribui por Buenos Aires em direção a Córdoba, faixa onde se concentra a indústria automobilística instalada no país. Além disso, possui capacidade para produzir aviões. O mercado consumidor é formado por uma população de elevada escolaridade que teve sua capacidade de compra reduzida nos últimos anos, embora ainda seja maior que a da média da população brasileira. O país viveu sob regime militar de 1966 a 1972 e de 1976 a 1983. No último período os argentinos sofreram dura repressão às liberdades democráticas e, muitas pessoas foram presas, exiladas ou assassinadas. Essa violência deu início ao Movimento das Mães da Praça de Maio, em frente à Casa Rosada (sede do governo argentino), exigindo providências na apuração das mortes de seus filhos. Essa iniciativa chamou a atenção do mundo para o que estava acontecendo, e o governo argentino passou a ser pressionado por autoridades de outros países, que exigiam o respeito às liberdades democráticas e aos direitos humanos.
· A Crise Argentina
No final do ano de 2002, a dívida externa do país estava acima dos U$ 150 bilhões e o sistema econômico do país estava a beira de um colapso. Nesse ambiente de muita instabilidade, foi empossado em março de 2003, após eleições gerais, o novo residente do país, Nestor Kirchner, que conseguiu estabelecer um consenso político em torno da questão da dívida externa. O novo presidente assumiu o governo afirmando que não pagaria a dívida externa, se isso implicasse em um maior empobrecimento da população. Sua proposta de negociação da dívida, de início, foi mal interpretada. Segundo seus críticos, a Argentina estaria declarando falência. Diante dessa situação, o novo presidente do país demonstrou muita firmeza, propondo uma redução da dívida externa pública em cerca de 70%. Tentando convencer os credores, Kirchner dizia que, com essa redução e com prazos maiores para o pagamento, uma dívida impagável poderia ser paga. A adesão de 76% dos credores à proposta da Argentina foi uma derrota para o FMI (Fundo Monetário Internacional) e dos banqueiros que pensavam possuir o poder absoluto sobre o mundo. A Argentina demonstrou que, quando um páis age com firmeza e responsabilidade, sua posição pode prevalecer, mesmo em se tratando de um país da América do Sul. O ano de 2004 foi marcado pela retomada do crescimento econômico argentino, da abertura de novos postos de trabalho e do crescimento do mercado externo, que teve apoio fundamental do Brasil.
Uruguai
O Uruguai tem na pecuária sua tradicional atividade econômica. A inserção de carne uruguaia de alta qualidade no exigente mercado europeu garantiu ao país um período de grande desenvolvimento. Isso se manteve até a década de 1960, época em que o país foi chamado de “a Suíça da América do Sul” e a população da capital – Montevidéu – possuía um bom nível de vida. Outros itens importantes nas exportações são a lã e o pescado. A atividade agrícola do Uruguai está bastante integrada à indústria. É o que se verifica no cultivo de uva para a produção de vinho, de cevada para a produção de cerveja e na produção de lã para a indústria têxtil. A produção de arroz e de milho também é bastante significativa.
Paraguai
O Paraguai é o país do cone sul de menor importância econômica. A agricultura ocupa cerca de 43% da população economicamente ativa, principalmente na produção de tabaco e algodão. Na pauta de exportações do Paraguai destacam-se o mate e o tanino ( substância para colorir couros), além da carne bovina. A pequena produção industrial volta-se para o processamento de produtos agrícolas, como é o caso do óleo extraído do algodão ou o da indústria têxtil.
Guiana
O único país da América do Sul que foi colônia da Grã-Bretanha, tendo no inglês sua língua oficial. Conquistou sua independência somente em 1966. Mais de 50% da população da Guiana é composta por descendentes de indianos que para lá migraram no século XIX, devido à polítca britânica de incentivar a ida de mão-de-obra barata da Ásia. Além disso, os britânicos já haviam levados alguns africanos à Guina para trabalharem como escravos. Mas houve uma forte rebelião no final do século XVIII, que foi violentamente reprimida e causou forte receio nas autoridades britânicas. A escravidão foi abolida em 1834, os negros e mulatos, constituem cerca de 40% da população total do país. Ainda hoje existem fortes choques entre indianos e negros, que se não forem tomadas medidas urgentes ficarão piores no século XXI. De economia subdesenvolvida, quase não há indústrias no país, sendo as atividades extrativistas as predominantes, como a extração de bauxita que é o principal produto de exportação do país, além da produção de elementos agrícolas como a cana-de-açúcar, café e arroz. Com a queda das exportações da bauxita nos últimos anos e com os empréstimos que o país fez juntamente a bancos internacionais, a questão da dívida externa preocupa, sobretudo, pela diminuição dos postos de trabalho e pela elevação dos preços. Além disso, a Venezuela reclama uma parte de seu território
Guiana Francesa
Não é um país e sim um Departamento de Ultramar que pertence à França, isto é, uma espécie de colônia. Em 1974 surgiu um movimento que reivindica sua independência e recentemente esse movimento tem provocado algumas ações violentas em sua capital, Caiena. A maior parte da população é constituída de negros ou mulatos, e estima-se que um quarto de sua população é constituída de imigrantes ilegais. A vida econômica é extremamente pobre e baseia-se em grande parte na silvicultura ( exploração florestal, principalmente de madeira). A pesca (camarões) vem crescendo ultimamente. Apesar dos baixos salários, recentemente a Guiana Francesa tem recebido muitos imigrantes do Suriname, do Haiti e até do Brasil, que vão para lá em busca de empregos, atraídos pela frágil atividade industrial realizada pelos franceses, especialmente para o desenvolvimento do foguete Ariane, da Agência Espacial Européia. O Centro Espacial de Kourou, de onde são lançados os foguetes, corresponde a um verdadeiro centro de tecnologia. Isso explica o interesse francês ainda em seu Departamento. A Guiana Francesa enfrenta ainda muitos problemas, como o tráfico de drogas, que passa por seu território; uma taxa de desemprego elevada, a imigração clandestina. Apesar disso, o movimento pró-independência parece enfrentar muitas dificuldades na tentativa de obter apoio popular para a sua causa.
Suriname
O Suriname possui um padrão de vida um pouco melhor que suas vizinhas: Guiana e Guiana Francesa. O país possui grandes reservas de bauxita, talvez as maiores do planeta, sendo esse minério seu principal produto de exportação e, além dele, o Suriname exporta ouro (Au), Ferro (Fé), Platina (Pl) e Manganês (Mn). Seus principais produtos agrícolas são o arroz e as frutas tropicais, já a indústria é pouco desenvolvida. A população é formada por 35% de negros ou mulatos, 35% de descendentes de indianos e 30% de chineses, japoneses descendentes de europeus e minorias indígenas. A vida política anda bastante agitada. Desde o golpe militar de 1980, que estabeleceu uma ditadura militar no país, cresceu no interior um movimento de guerrilhas que luta contra o governo. Na capital ampliou-se um movimento civil de oposição pacífica. Em 1988 ocorreram eleições presidenciais, mas o governo civil viveu sob estreita vigilância dos militares, que mantiveram seu poderio intacto e deram um novo golpe em 1990. Pouco tempo depois estabeleceu-se a prática de eleições livres para a presidência da República. As perspectivas do Suriname para o século XXI, não são muito animadoras: persistem os fortes conflitos entre negros e indianos; na tentativa de conter o tráfico de drogas (dentre outras razões), o governo enfrente ferozmente as guerrilhas; a instabilidade política não desapareceu por completo. O Estado brasileiro temendo a entrada de guerrilheiros em seu território e com isso, o aumento do tráfico de drogas, tem intensificado a vigilância em suas fronteiras.