João Francisco da Costa
A Questão da fome
A importância sobre a questão da fome é de vital análise neste momento, em que o planeta passa por períodos de transformações políticas e sociais, exemplificando, a questão da hegemonia americana sobre os demais países. Essas questões são conhecidas há muito pelos estudiosos.
O quadro da miséria assusta a humanidade, que muitas vezes parece não acreditar que tal fato ocorra. Segundo SORRE (2003) , o crescimento atual da espécie humana e a possibilidade de aceleração desse crescimento pela generalização das observâncias higiênicas, de um lado, e, de outro lado, o balanço dos recursos alimentares, podem gerar à humanidade uma contradição entre esses dois fatos.
A África Subsaariana é onde a miséria absoluta aflige a maior parte da população que vive abaixo da linha da pobreza. A África Subsaariana tem uma população absoluta pequena, quando comparada com a Ásia Oriental e Meridional. Mais tem uma quantidade de miseráveis igual a da Ásia Oriental, o que revela a extrema gravidade da situação do continente. No mundo subdesenvolvido, a insistência da pobreza é a maior entre as populações rurais que entre as populações urbanas. Na Ásia e na África a imensa maioria da população ainda vive no campo. Nestes países a pobreza real é absolutamente dominante. Os pobres são, quase sempre, camponeses ou empregados da fazenda. Nas cidades o acesso a uma infra-estrutura sanitária e médica – por mínima que seja – produz quedas acentuadas no índice de mortalidade infantil e protege a população das principais doenças endêmicas.
Os Indicadores Vitais
Após a Segunda guerra Mundial, a revolução médico-sanitária derrubou as taxas de mortalidade geral no mundo subdesenvolvido. As grandes epidemias que outrora devoraram populações inteiras foram vencidas pelo menos em sua maior parte. Entretanto, a pobreza não foi estirpada: ao contrário, o número absoluto de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou paralelamente ao crescimento acelerado da população dos países subdesenvolvidos.
A expectativa de vida é um dos principais indicadores vitais que sinalizam o nível de pobreza dos países. A média de vida das populações variam em função das taxas de mortalidade geral. Com a revolução médico – sanitária, a expectativa de vida aumentou em todo o mundo subdesenvolvido, aproximando-se dos 50 anos na África Subsaariana, ultrapassando a barreira dos 55 na Ásia Meridional e dos 60 no Oriente Médio e África do Norte. Na América Latina, Caribe e na Ásia Oriental, a esperança de vida superou os 65 anos.
Apesar dos progressos, as disparidades diante dos países desenvolvidos ainda são imensas. No Japão, a vida média atinge 79 anos, enquanto em Serra Leoa ela é de 42 anos. Mesmo entre os países subdesenvolvidos as desigualdades são enormes, revelando ritmos desiguais de realizações da revolução médico – sanitária.
A taxa de mortalidade infantil é um indicador capaz de detectar o nível de pobreza ainda melhor que a expectativa de vida.
A mortalidade infantil divide-se em precoce ( menos de 07 dias), neonatal (07 dias a 1 mês) e pós – neonatal ( 01 a 12 meses).
A melhoria das condições hospitalares é capaz de diminuir acentuadamente os índices de mortalidade precoce e mesmo neonatal, mas poucas influências exercem sobre a mortalidade pós – neonatal, cujas causas resistem na disseminação de doenças em grupos sociais atingidos pela subalimentação e pela insalubridade. Por isso, a mortalidade infantil é um indicador muito sensível dos níveis de vida das populações. Embora ela venha apresentando uma regressão constante, em nível mundial, os países mais pobres continuam apresentando taxas altíssimas de óbitos infantis. As taxas mais elevadas de mortalidade infantil atingem principalmente as grandes zonas de pobreza da África Subsaariana. Os países do Sahrel chegam a atingir um índice de quase 170, como é o caso do Mali, que só é superado no mundo pelo Afeganistão. Mas os índices muito elevados estão disseminados pelo Golfo da Guiné, África Oriental e Austral, onde países como Angola e Moçambique representam taxas superiores a 130.
Na Ásia, os índices externos de mortalidade infantil aparecem em um número menor de países, embora atinjam as populações de Bangladesh, Camboja, Butão, Nepal e Afeganistão. Entretanto, países muito populosos como a índia, o Paquistão e a Indonésia, que obtiveram fortes reduções de seus óbitos infantis, ainda convivem com índices bastante elevados.
Na América Latina, os índices muito altos de mortalidade infantil, superiores a 50, aparecem no Caribe ( Haiti, República Dominicana), no istmo centro americano ( Honduras e El Salvador) e na América do Sul (Bolívia, Brasil, Peru e Equador).

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